O que a Inteligência Artificial pode – e o que ela nunca poderá – fazer pela Educação

Se tem um tema que dominou os corredores, as rodas de conversa e os palcos da Bett Brasil 2025, foi ele: o uso da Inteligência Artificial como ferramenta educativa.

Educadores, gestores e estudiosos de todo o Brasil, estão discutindo como essa tecnologia pode nos apoiar no dia a dia, sem abrir mão do que nos faz essencialmente humanos.

Entre uma palestra e outra, fui anotando alguns insights práticos e reflexivos que quero dividir com você, educador ou educadora que acompanha a nossa coluna.

Como começar a usar a IA?

A melhor forma de começar é aos poucos, com curiosidade e intencionalidade. Uma sugestão que tem funcionado muito bem:

➡️ Experimente aplicar a IA em planejamentos de aula que você já domina – aquelas sequências que sempre renderam boas vivências com os alunos.

➡️ Peça sugestões à IA para diversificar suas estratégias, ampliar o repertório de atividades ou criar variações adaptadas à realidade da sua turma.

➡️ Comece com prompts simples e vá explorando novas possibilidades conforme ganha confiança. A IA aprende com a gente – e nós também aprendemos com ela.

O que a IA não substitui – e nem deve tentar substituir?

É preciso ter clareza: a inteligência artificial é uma ferramenta de apoio, não uma substituta da prática pedagógica viva. Ela não substitui:

• As experiências sensoriais que marcam nossos processos de aprendizagem.

• As emoções que sentimos ao ensinar, aprender e conviver.

• A nossa capacidade ética de tomar decisões diante de dilemas cotidianos.

• E, principalmente, o desenvolvimento da oralidade e do repertório humano, que se constroem no olho no olho, na escuta ativa e nas interações reais.

Esse é só o começo de um movimento potente. Que possamos olhar para a tecnologia como uma aliada – sem perder de vista o que é essencialmente nosso: o afeto, o olhar, a presença e o saber compartilhado.

E você? Já tem utilizado a IA no seu trabalho ou na sua rotina? Como tem sido essa experiência?